Esta matéria é uma contribuição da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo ao Dia Mundial da Preservação da Gravidez na Adolescência, comemorado no dia 26 de Setembro. Boa Leitura!
Nos casos em que pessoas muito jovens tornam-se pais, surge o inevitável questionamento: o que fazer para ajudá-los a assumir suas responsabilidades e não sentirem que estão desperdiçando suas vidas?
Dentre as dificuldades que podem ser enfrentadas pelos adolescentes e suas famílias (complicações de saúde, mudanças nos planos dos estudos, julgamentos e a necessidade de “crescer” mais rápido do que os amigos, por exemplo), muitos pais se sentem divididos entre o desejo de proteger seus filhos dos sofrimentos a qualquer custo e a necessidade de ensiná-los que suas ações têm consequências – nesse caso, sobre a vida de outras pessoas (inclusive, uma não nascida).
A partir dos esclarecimentos sobre as consequências espirituais do aborto provocado, trazidos pela Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, convidamos você a essa reflexão, pois compreendemos que o nascituro é um indivíduo singular, distinto de sua mãe desde o momento da concepção, conceito este reforçado pelos estudiosos da embriologia. No artigo Pela Vida, do escritor Paiva Netto, encontramos esse tema referenciado pela professora doutora Alice Teixeira Ferreira, do Departamento de Biofísica, da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM): “Para não dizer que está ultrapassado, os embriologistas, em 2005, afirmam não só que a origem do ser humano se dá na fecundação como, do ponto de vista molecular, a primeira divisão do zigoto define o nosso destino”. Dessa forma, um ser que merece viver e deve ter seus direitos assegurados (como previsto na constituição federal brasileira e em tantos outros documentos de promoção dos Direitos Humanos em todo o mundo).
A seguir, acompanhe algumas explicações sobre o assunto, em entrevista realizada com a ministra pregadora da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo Paula Suelí:
Não seria melhor recorrer ao aborto, considerando a imaturidade dos pais?
Pregadora: O aborto não é solução. É importante observarmos que a criança, além de ser o resultado das escolhas de seus pais (ainda que muito jovens), se está no ventre materno, recebeu autorização divina para reencarnar. Ainda que não se trate do momento ideal para essa gravidez (o que precisa ser considerado antes e não depois da concepção), há mais de uma vida em jogo: a do bebê. Sendo assim, a partir desse momento, as questões devem ser outras: "Como vamos amparar esta criança, de maneira que tenha seus direitos assegurados, inclusive, o direito ao afeto e ao acolhimento? Como vamos garantir estrutura para esses adolescentes, ajudá-los no planejamento familiar, no cumprimento de sua missão e na condução responsável de sua sexualidade?".
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Na prática, observa-se que, como o adolescente ainda não está pronto, principalmente psicologicamente, muitas vezes a criança será um pouco “filha” da avó, do avô, dos tios, e de outras pessoas que, não por acaso, estão no caminho dessa nova família que se forma (elas têm responsabilidades diretas com a criança que está nascendo, o que não substituem as dos pais, mas as complementam). Portanto, o aborto não é solução, pois não eliminará os laços espirituais que tornam os dois adolescentes pais daquela criança e, além disso, por agredir tão profundamente o bebê, que deixará prematuramente o corpo físico, ele se sentirá ferido e abandonado por sua família.
Isso significa que a gravidez na adolescência é uma gravidez como qualquer outra?
Pregadora: Com certeza, não. Aliás, não podemos esquecer que, inclusive, do ponto de vista jurídico e legal (em alguns países, como ocorre no Brasil), a relação sexual até os 14 ou 16 anos é considerada como um abuso sexual, porque esse adolescente não tem discernimento do que está acontecendo. E com tudo o que ocorre durante a adolescência, com essas novas emoções, desejos e pressões que enfrentam, é preciso que haja acompanhamento por parte dos pais. A gravidez nesse cenário é apenas um dos aspectos. Quantas doenças sexualmente transmissíveis são admitidas ainda muito cedo no corpo desses adolescentes que vão ter que lidar com isso pela vida inteira?!
Então, quando formos falar em gravidez, temos que pensar antes em sexualidade. Temos que ter em mente que questões como: “Será que estou conversando com o meu filho para que ele saiba que não deve agir sobre pressão da sociedade? Que ele tem o tempo dele, como espírito eterno, para viver a sua missão na Terra?”. A sexualidade é apenas um dos aspectos da nossa vida. Ainda que muito importante, ela não é o principal aspecto da nossa identidade ou da expressão da amor e afetividade por alguém.
O adolescente tem que saber que há muitas formas de se realizar espiritualmente, afetivamente e emocionalmente. Ele tem que ter direito de encontrar e desenvolver seus talentos, investigar sua identidade espiritual, conhecer as próprias emoções, estabelecer e fortalecer amizades e vínculos familiares, profissionais, comunitários.
Por isso, a grande discussão aqui deve ser a formação integral do adolescente. E isso passa por pensar o significado da sexualidade. Para um relacionamento dessa natureza é necessário que haja maturidade, considerando que a relação sexual envolve a manipulação da energia da criação, algo extremamente poderoso, sagrado e que exige grande responsabilidade. O casal precisa compreender, primeiramente, que sexo é um vínculo da Alma e que pode resultar na reencarnação de um Espírito (mesmo com todas as precauções contraceptivas).
Por isso, é preciso cuidar do tema da sexualidade em família. Mas, como? Explica o Irmão Paiva Netto, presidente-pregador da Religião do Terceiro Milênio, em seu Ensaio Literário Evangelho do Sexo, p. 30:
“Hoje se confunde Amor com sexo. Sexo é bom, mas sem Amor, conforme destaco anteriormente, enfara. Pior, torna-se ameaça de doença venérea transmissível. Quem ama não vai buscar distração lá fora, pondo em perigo a quem nele confia. Por isso, é urgente integrar Sexo e Amor, Amor e casamento”.
Assim, é preciso ter maturidade para entender os próprios sentimentos, limites e respeitar o tempo do nosso próprio coração, da nossa Alma.
Mas, será que o adolescente está pronto para dizer, vencendo as pressões sociais e as do próprio relacionamento: “Agora, eu não quero” ou “Não estou pronto?". Será que nós conversamos com eles sobre isso em casa? Será que eles não se sentem inseguros pensando que podem perder o relacionamento se recusarem uma relação sexual? Ou ainda lidar com a sensação de que todos os amigos já se envolveram sexualmente menos ele (o que necessariamente não é verdade)? É preciso que nos antecipemos com essas reflexões em casa, ensinando quão sagrado é o sexo, um tema antes de tudo espiritual, que compromete duas almas no exercício de sua missão na Terra. Os adolescentes querem ser respeitados, por isso, precisamos conversar abertamente com eles.
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