A espada de dois gumes aparece como uma característica marcante no Apocalipse de Jesus.
Registrada por João, no Último Livro da Bíblia Sagrada, essa espada é afiada e sai da boca do Cristo, conforme “A visão de Jesus glorificado” (1:16), e reaparece da mesma forma quando Ele ressurge como o cavaleiro do cavalo branco (19:15).
Por ser uma “espada afiada” temos a impressão de que se trata meramente de uma arma muito utilizada na Era Medieval. Então, será que simboliza destruição e guerras?
Ela servirá como um instrumento implacável para ferir as nações da Terra, como descreve o capítulo 19, versículo 15, no Livro das Profecias Finais?
Para responder essas dúvidas, apresentamos mais uma edição do quadro “Pergunte ao Apocalipse de Jesus”, da Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista. Assista:
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A espada de dois gumes e a Palavra de Deus
Em primeiro lugar, deve-se ressaltar que a espada de dois gumes que sai da boca não é para punir ou causar dano à Humanidade. Pelo contrário: ela é a palavra salvadora de Jesus, Seus divinos ensinamentos acerca das Leis de Deus.
Sobre os seus efeitos causados às nações, ensina o presidente-pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, José de Paiva, estudioso dos escritos sagrados há mais de seis décadas, no artigo Roteiro Espiritual para a Vitória:
“Acerca da ‘espada do Espírito, que é a Palavra de Deus’ (Efésios, 6:17), destacamos sua correlação com o versículo 15 do capítulo 19 do Apocalipse de Jesus:
— ‘Sai da Sua boca uma espada afiada, de dois gumes, para com ela ferir as nações; e Ele mesmo as regerá com cetro de ferro, e pessoalmente pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso’.
E sobre esses dois versículos, podemos refletir: Por que essa ‘espada afiada de dois gumes’ fere as nações? Pelo simples fato de que elas não querem saber desses Esclarecimentos Divinos, e não porque o Pai Celestial queira ferir Seus ainda ignorantes filhos terrenos. Temos devido exemplo no Antigo Testamento da Bíblia Sagrada, quando a aliança de Deus com os hebreus é suspensa pelo reincidente mau comportamento daquele ‘povo de dura cerviz’ (Êxodo, 32:9)”.
Portanto, a “espada” é afiada porque é certeira e verdadeira, vem do maior Espírito deste planeta, Jesus, que fala diretamente às necessidades da Alma.
O que, a princípio, pode gerar incômodo e dor porque nos provoca a sermos melhores, nos faz olhar para as nossas próprias falhas. Ao mesmo tempo que nos esclarece e mostra o caminho da correção. Contudo, ignorá-la causará ainda mais sofrimento, principalmente a longo prazo.
Ela simboliza o esclarecimento e a luz que recai sobre nós, quando entendidos das lições de Amor do Cristo. Então, não fere, mas salva e liberta dos erros e das frustrações.
O que simbolizam os dois gumes?
Eles representam as duas “direções” que a palavra de Jesus alcança. Pois, se direciona aos seres na Terra e no Céu.
Ao referir-se ao Divino Mestre, esclarece o Irmão Paiva no livro Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade – O Poder do Cristo em nós, subtítulo “Jesus, o Senhor DO Tudo”:
“Ele é Quem, no Evangelho e no Apocalipse, fala sobre a Verdade nas múltiplas dimensões do Cosmos, que, pouco a pouco, vamos descortinando; Aquele que, desde antes da fundação do planeta, estava integrado no Pai.
— ‘Antes que houvesse mundo, Eu já existia.’ Jesus (João, 8:58)
Jesus, o Mensageiro Celeste dos Planos de Deus, para a Terra e o Céu da Terra, consequentemente traz em Si todo o conhecimento que provém do Supremo Criador dos Universos. Razão por que é o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, o Senhor DO Tudo”.
De que forma esse símbolo apocalíptico nos impacta?
Para entender o que nos ensina o símbolo da espada de dois gumes, primeiramente, reflita sobre as profundas transformações espirituais, morais e físicas que temos enfrentado nos últimos tempos, gerando guerras, desigualdades, injustiças e pandemias. Inclusive, muitas delas já previstas nas Profecias do Apocalipse de Jesus.
Essas mudanças são o resultado de uma mentalidade e de um comportamento não movidos de forma solidária, cujo os efeitos tem nos atingido de forma global e impactado negativamente na ciência, na tecnologia, na religião, nas artes e nos mais variados campos do saber humano.
Daí esta advertência do presidente-pregador da Religião do Terceiro Milênio, no artigo Fim dos tempos e os perseverantes em Jesus:
"Onde o Amor não consegue se estabelecer, a dor vem e atua. E, por vezes, age de forma avassaladora, pela urgência do corpo que delira, arde em febre, tomado pela infecção que necessita do corte cirúrgico urgente."
Dessa forma, entendemos que as dores que passamos enquanto sociedade são desafios que devem ser encarados e superados, a fim de amadurecermos diante das más atitudes que nos levaram a esse quadro de dificuldades.
No entanto, o Cristo JAMAIS nos deixa desamparados. Ele nos dá a certeza de que esses mesmos desafios serão curados por meio do conhecimento e da vivência de Sua Palavra Celestial, Seus ensinamentos compreendidos em Espírito e Verdade, à Luz de Seu Novo Mandamento:
"Amai-vos como Eu vos Amei, somente assim podereis ser reconhecidos como Meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros" (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35).
A Palavra de Ecumenismo e de Amor ao próximo que Jesus deixou nos impulsiona a viver com Justiça e Respeito, a amparar nossos semelhantes, como o próprio Cristo o fez. Agindo assim, evitaremos a ganância e o egoísmo que promovem tantos sofrimentos coletivos e individuais.
Portanto, a espada de dois gumes propõe uma vivência a partir de Deus, que é Amor (Primeira Epístola de João, 4:8). A solução efetiva para todos os desafios espirituais e humanos. O que requer paciência, perseverança e muita atitude firme e decidida no Bem.
E contemos com a ajuda de nossos Anjos da Guarda, nos conectemos ao Pai Celestial, a Jesus e aos Espíritos de Luz por meio de nossa oração sincera. Assim, entenderemos melhor o nosso propósito espiritual na Terra e teremos escolhas e ações mais acertadas.
Por isso, estude, viva e passe adiante essa Palavra Divina! Sobre a força daquilo que comunicamos e seguimos como guia de nossas vidas, alertava o saudoso proclamador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, o Irmão Alziro Zarur (1914-1979): “Uma palavra pode salvar uma vida. Uma palavra pode perder uma vida”.