Neste post, entenda o que significam os 4 cavaleiros do Apocalipse de Jesus e o que eles representam diante dos acontecimentos mais urgentes da Humanidade.
Com certeza, você já deve ter visto na internet ou ouvido alguma conversa comparando fatos do cenário mundial, geralmente bastante atribulados, com as revelações do Apocalipse de Jesus, registrado por João Evangelista.
Desde fenômenos astronômicos (eclipses, cometas) e geológicos (terremotos, maremotos, furacões) a comoções sociais (guerras), logo se recorre às profecias na busca por referências.
Essa busca por respostas e orientações em Deus é até benéfica, pois significa que nos concentramos nas Leis Divinas para vencer tais conjunturas e criar condições para que elas não mais ocorram.
Porém, o que normalmente se vê são projeções de medo, apreensão ou até acusações a um texto escrito há mais de dois mil anos, como se ele fosse o responsável pelos acontecimentos atuais. O que, na verdade, foram causados por nós, hoje ou ao longo de milênios de erros e maldade. “Tal fenômeno é o Apocalipse”, dizem.
Mas, como argumenta o Irmão Paiva Netto, presidente-pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, seriam mesmo folhas de papel, pergaminho ou papiro os verdadeiros culpados pelas tragédias que arquitetamos com nossas irreflexões? É claro que não.
Apocalipse e os Selos
O Apocalipse é um livro registrado pelo Evangelista-Profeta João, nonagenário, na ilha de Patmos, totalmente disposto a receber, por intermédio de um anjo, a revelação de Jesus dada por Deus (Apocalipse, 1:1 e 2).
No texto apocalíptico há, no capítulo 5, a visão do momento santo em que o Cordeiro de Deus recebe, das mãos Daquele que está assentado no trono, um livro selado com sete selos, por dentro e por fora, para o qual ninguém podia sequer olhar.
Apenas Aquele "que nos ama, e, pelo Seu sangue, nos libertou dos nossos pecados” (Apocalipse, 1:5), ou seja, somente o Cristo podia abrir esse livro e desatar-lhe os selos.
O Último Livro da Bíblia Sagrada contém os mecanismos do Universo codificados em Profecias, um conhecimento que o próprio Deus, Criador da Existência, oferece à Humanidade. O que Ele fez por intermédio do Único que, por nos amar com o Amor do próprio Pai, pode revelá-lo aos seres espirituais e humanos.
Apenas Jesus tem a coragem, a habilidade e a sensibilidade necessárias para desatar os selos.
A profecia é o resultado daquilo que arquitetamos primeiramente em nosso pensamento, sentimentos, mesmo se não os revelarmos a ninguém - e daí partimos para a ação. “O pensamento é o alfaiate do destino”, diz a sabedoria popular.
A todo momento estamos criando um futuro feliz ou infeliz para nós mesmos, a partir da qualidade daquilo que cultivamos em nosso interior. Quanto mais vivermos dentro da Lei de Deus, que é Amor, mais próspera e completa será a vida das pessoas, povos e nações.
Já a mágoa, ambição, inveja, raiva e todas as más emoções moldam a nossa percepção, palavras e atos para um caminho inverso. Elas “selam” o livro, nos impedindo de ver a Verdade, conhecer a visão de Deus, revelada por Jesus, sobre os fatos da vida espiritual e humana.
Portanto, para que o livro seja aberto é necessário que o Cristo desate os selos.
Mas, qual a relação dos Selos com os 4 cavaleiros do Apocalipse?
Os selos, como afirma o Irmão Paiva Netto, estudioso do Apocalipse e referência no tema, há mais de seis décadas:
"Os selos significam principalmente a intimidade conflagrada do ser humano (...) O Cristo sempre faz que nos revelemos, abrindo os selos que fecham o Livro. O ser humano procura esconder suas infrações, mas o Divino Médico intervém clinicamente na intimidade das criaturas e as revela, como está fazendo com a humanidade. A Sua providência médica é para que não haja o apodrecimento final do valioso corpo chamado humanidade” (Livro Somos todos Profetas, páginas 173, 175 e 176).
Essa palavra “clinicamente” é muito significativa, porque Jesus não vai desatar os selos apenas para expor, ridicularizar ou comparar quem quer que seja. É um processo terapêutico para nos libertar daquilo que espiritualmente nos sufoca.
Nos remete à figura do psicólogo, que, por meio de um longo processo de conversa, ajuda a encontrar e quebrar as defesas da mente. Ele nos faz ver claramente o que se passa no inconsciente, revelando, muitas vezes, a origem de comportamentos prejudiciais a serem ajustados e hábitos felizes a serem estimulados.
É com essa imagem do Divino Psicólogo das multidões que buscamos entender, por exemplo, os 4 cavaleiros do Apocalipse. Ou seja, não como entidades literais e assustadoras, mas comportamentos intrínsecos, espirituais, humanos e sociais.
O que Jesus nos alerta para que não soframos os prejuízos de seus efeitos na vida particular e coletiva.
Os 4 cavaleiros do Apocalipse e o que representam
Vamos ao texto do Livro das Profecias Finais, 6:1 a 8:
O Cordeiro de Deus abre os selos
O Primeiro Selo
1 Vi quando o Cordeiro de Deus abriu um dos sete selos, e ouvi um dos quatro seres viventes, dizendo, como se fosse voz de trovão: Vem e vê!
2 E olhei, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e lhe foi dada uma coroa; e Ele saiu vencendo e para vencer.
O Segundo Selo
3 Quando o Cordeiro de Deus abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente que dizia: Vem e vê!
4 E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro lhe foi dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; e lhe foi dada uma grande espada também.
O Terceiro Selo
5 Quando o Cordeiro de Deus abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente, dizendo: Vem e vê! Então apareceu um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão.
6 E ouvi uma voz no meio dos quatro seres viventes que dizia: Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho.
O Quarto Selo
7 Quando o Cordeiro de Deus abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente, dizendo: Vem e vê!
8 E surgiu um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte: e o Inferno o estava seguindo, e lhes foi dada autoridade sobre a quarta parte da Terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da Terra.
No livro A Esperança não morre nunca, do escritor Paiva Netto, página 23, encontramos explicação bem direta acerca dos 4 cavaleiros do Apocalipse:
“Recordemos que o primeiro cavalo é o branco (Primeiro Selo), estando sobre ele Jesus, que “saiu vencendo e para vencer”. Em seguida, o cavalo vermelho (Segundo Selo), que retrata a guerra; o cavalo preto (Terceiro Selo) refere-se à fome; e, por fim, o cavalo amarelo (Quarto Selo), que é a morte, caracterizada também pelas doenças e pestes”.
O autor ressalta ainda que os selos representam a nossa intimidade espiritual e humana sendo exposta. Isso serve para que entendamos que temos um compromisso com a nossa melhora interior, a fim de impactar o coletivo do qual fazemos parte.
O cavaleiro do cavalo branco
Jesus vem primeiro, montado neste cavalo branco. O bem sempre vem primeiro. O Cristo representa o que há de mais puro e bondoso em nosso Espírito, desde que fomos criados por Deus.
O Amor e a Justiça, a Honestidade, a Competência Divina, os sentimentos mais nobres da Alma são representados por aquele que saiu “vencendo e para vencer”.
Na série radiofônica “O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração”, transmitida pela Super Rede Boa Vontade de Rádio, o Irmão Paiva, em ampla visão, explicou sobre a gradação dessas cores dos cavaleiros. Falou sobre os nobres ideais que descem sobre a Terra, mas sofrem os estigmas da ignorância humana.
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É um alerta para que não comprometamos o aprendizado de um ideal elevado, distorcendo-o por egoísmo ou ambições. O que gera violência, carência e, consequentemente, a morte, que não atinge só o corpo físico, mas a confiança, o ânimo de multidões que depositaram suas esperanças em ideias que prometem muito, mas pouco realizam em favor dos povos.
Que os idealistas convictos se inspirem no Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, pois "ele saiu vencendo e para vencer", com a precisão de sua palavra e a autoridade moral de seu exemplo. Tanto que, dos 4 cavaleiros do Apocalipse, é o único que volta, vitorioso, no capítulo 19 do Livro das Profecias Finais.
O cavaleiro do cavalo vermelho
Voltando ao livro A Esperança Não Morre Nunca, página 24, o autor prossegue com análise profunda acerca do cavaleiro do cavalo vermelho, cor que lembra o sangue, a violência:
"Mas não pensem que guerra é somente um pessoal ficar de um lado para o outro a dar tiros ou a lançar foguetes que destroem cidades inteiras. A guerra é muito mais solerte, até mesmo sutil, felina na sua violência, como a todo o momento assistimos por aí, porque satanás é muito astucioso. Os principais explosivos, já o disse, estão dentro dos corações humanos e é lá que devem ser desarmados”.
A violência nas ruas e nas guerras, declaradas ou não, é realmente assustadora. Ela é o resultado dos dispositivos da raiva e do medo que ainda alimentamos em nós.
Toda vez que em nossas relações não somos capazes de evitar uma briga, seja em casa ou no trabalho, ou permitimos a vingança e a violência, ainda que usada como pretexto para manter a “paz”, damos certo poder ao cavaleiro do cavalo vermelho.
Prosseguindo com as explicações em A Esperança Não Morre Nunca, página 25, sobre a correlação entre os quatro primeiros selos:
“E isso [essa violência] desemboca de igual modo na fome do Espírito, nas mazelas da Alma, que infelizmente levam multidões ao desequilíbrio completo. Então, de uma intimidade espiritual-humana de brutalidade, o que se pode esperar? Observem as relações familiares, ou na sociedade, ou no trabalho… Temos visto uma escalada da violência em vários níveis, que, da mesma forma, desponta como devastadora pandemia e depois se irrompe na má condução da política, da economia, das finanças de um país, por exemplo. Ela gera a exploração de nações mais poderosas sobre as menos fortes, subjugando-as em termos sociais, culturais, científicos e assim por diante. Sem falar nos maus-tratos ao meio ambiente”.
Todos esses desafios que começam na mentalidade e no sentimento do ser humano podem ser vencidos com o suporte da Espiritualidade Ecumênica, conforme nos convoca a voz do Terceiro Selo, e sobre isso, elucida o Irmão Paiva, em sua obra Epístola Constitucional do Terceiro Milênio:
“Mas o que diz a Voz do Terceiro Selo, de tão importante para os fiéis? O seguinte: ‘(...) e não danifiques o azeite e o vinho’ (Apocalipse, 6:6). Vós sereis, se perseverardes, esse azeite e esse vinho que não serão danificados. E prestai atenção para este conforto que vem do Cristo no Evangelho:
“ — Não vos deixarei órfãos, voltarei a vós. Não se turbe o vosso coração nem se arreceie. Eu estarei convosco, todos os dias, até o fim do mundo. Novo Mandamento vos dou: amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros. (...) Não há maior Amor do que doar a própria vida pelos seus amigos (Evangelho, consoante Mateus, 11:28 e 28:20, e João, 13:34 e 35, 14:18 e 27 e 15:5 e 13)”.
Nessa mesma obra, ele nos lembra que a oliveira e a videira (que fornecem o azeite e o vinho) suportam a estiagem prolongada, o que nos diz que mesmo em meio a crises financeiras, econômicas, políticas e sociais, os perseverantes no Cristo continuarão trabalhando e produzindo frutos que servirão para o sustento espiritual, moral e físico das obras de Deus e dos que dela são beneficiados, pois “toda crise traz em si mesma, a solução”.
Os cavaleiros dos cavalos preto e amarelo
Ainda sobre os 4 cavaleiros do Apocalipse, vemos os alertas quanto aos riscos a que a Humanidade se expõe por sua falta de cuidado com o planeta, facilitando assim a ação do cavalo amarelo. Em A Esperança não morre nunca, página 25, encontramos:
“A devastação da nossa morada coletiva não ficará sem sérios prejuízos a todos os inquilinos da Terra. A destruição da Natureza é a extinção da raça humana, repito há décadas. As mudanças climáticas, o desmatamento, a poluição e outras inconsequentes interferências nos inúmeros ecossistemas podem acarretar o surgimento de doenças novas que passam das diferentes espécies aos humanos. Logo, é necessário compreender que não é Deus Quem amaldiçoa a Terra com os avisos proféticos. A cada ação corresponde uma reação. Não há efeito sem causa. O indivíduo mesmo esculpe o seu destino (...)”.
Essa insistência do autor para que não acusemos Deus de “amaldiçoar” a Terra com os avisos proféticos, além de nos livrar de cometer o crime de perjúrio contra o Pai Celestial, nos propicia o acesso às soluções para os graves problemas contra os quais Jesus nos alerta.
Exemplo disso consta no livro As Profecias Sem Mistério, no capítulo “Pestes”, em que o Irmão Paiva transcreve e comenta palavras de Alziro Zarur (1914-1979), saudoso proclamador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo e fundador da Legião da Boa Vontade (LBV):
“O mal estará no ar
“Em minha obra Epístola Constitucional do Terceiro Milênio, capítulo 9, página 30, descrevo cerimônia que presenciei, na qual Alziro Zarur (1914-1979) fazia verdadeira previsão dos acontecimentos a que assistimos agora: o simples fato de respirar contaminaria o ser humano.
“Lembro-me de uma reunião ocorrida à noite no auditório da antiga Rádio Mundial, no Rio de Janeiro, em 9 de dezembro de 1961. Naquele tempo não se pensava em poluição no Brasil.
“Dirigindo-se aos diretores de Núcleos e Postos da LBV que ali estavam para participar do Congresso da Boa Vontade, que se realizaria no dia seguinte no Maracanãzinho, de improviso, ele discorria sobre os tempos finais deste ciclo apocalíptico:
“— Nos próximos anos, viveremos uma época em que o mal estará no próprio ar, entrando até mesmo pelos nossos poros, atacando nossas vias respiratórias, nossos pulmões.
“Até que os homens ambiciosos abram seus próprios olhos e vejam que a si mesmos estão pondo em perigo, teremos de contar com o amparo dos nossos Guias Espirituais, o que fazemos sempre, em quaisquer condições, e com a Água Fluidificada na poderosa Corrente da Boa Vontade de Deus”.
Vê-se, pois, que Zarur fez um retrato fiel dos dias atuais, sem se preocupar com as críticas alheias. Já àquela altura, alertou-nos sobre a gravidade dos acontecimentos futuros, resultado da insensatez daqueles que desejam o progresso a todo custo, mas sem recorrer às urgentes medidas que protejam a natureza e os povos.
A partir da simbologia do cavalo amarelo, podemos entender também a ação do cavalo preto, que simboliza a fome. Junto da morte e da destruição do meio ambiente essa é uma das tristes consequências da ação humana ao longo dos anos, cujos principais afetados somos nós.
Então, não devemos projetar nossos medos, culpas ou apreensões no Livro das Profecias Finais, nem pensar que ele seja uma crueldade de Deus, cuja a essência é o Amor Eterno.
O que Jesus almeja ao desatar os selos é revelar a nós mesmos, expondo, para curar, os nossos sentimentos, e abrindo os nossos olhos para a Revelação Divina, a fim de que entendamos que somos nós que construímos o nosso destino com nossos atos.
Revela o Irmão Paiva, em seu livro Tesouros da Alma, capítulo “Trombetas e Compositores”, página 201:
“Diante disso, os Anjos das Sete Trombetas — que, na atualidade, em análise simples, significam fatos políticos e fatos político-guerreiros — quando as tocam, não o fazem aleatoriamente. Estão externando o que os Sete Selos (Apocalipse, capítulos 6 e 8) revelam acerca do nosso sentimento, expresso na partitura musical que, com as nossas atitudes, compusemos. Nós é que produzimos a trágica ou bela melodia que os Anjos executarão. O Apocalipse é, portanto, traçado por nós, quando respeitamos ou infringimos as normas do Criador”.
Estude o Apocalipse de Jesus com a Religião Divina!
As Profecias Finais devem ser compreendidas com base no verdadeiro Amor de Deus. Isto é, não podemos recorrer a interpretações generalizadas, ao pé da “letra que mata” (Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios, 3:6) ou que promovam segregação e intolerância contra nossos irmãos em Humanidade.
Agindo dessa forma, o entendimento seria equivocado e usado a favor de causas humanas, e não divinas.
Por isso, a Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo convida você a se aprofundar nos ensinamentos do Santo Evangelho-Apocalipse de Jesus, a partir da Espiritualidade Ecumênica, ensinada pelo próprio Cristo.
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